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BRASIL: Projeto Busca Vencer Preconceito nas Escolas de Crianças com Leucemia

São Paulo, 26 de Janeiro de 2001 (eHealthLA). A Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia (APACN) começou uma campanha nas escolas, no sentido de preparar alunos e professores para conviver com crianças com leucemia e outros tipos de cânceres (também chamados de neoplasias).

A leucemia é uma das doenças mais graves em crianças com idade escolar. É um tipo de câncer que afeta a produção os glóbulos brancos do sangue (células que têm a função de defesa no organismo) e da medula óssea.

É uma forma de câncer tratável, especialmente em crianças. Embora, o índice de cura seja alto, a doença assusta e traz muito sofrimento aos seus portadores.

Além dos efeitos adversos da enfermidade, as crianças ainda precisam lutar contra o preconceito e a indiferença. Para Neide Bitencourt, coordenadora de conscientização do câncer da APACN, programas de conscientização são importantes para que os estudantes com leucemia tenham oportunidades de crescimento e realização iguais a de seus colegas.

"A conscientização que a campanha vem fazendo mostra às crianças e adolescentes como conviver com um portador de câncer e os prepara para recebê-lo".

O trabalho já foi desenvolvido em 24 escolas do Paraná, envolvendo cerca de 30 mil alunos desde o jardim da infância até o ensino superior. A campanha conta também com livros que explicam o que é a leucemia, como é o tratamento e como agir com o colega doente, numa linguagem apropriada ao público em idade escolar.

Na sala de aula

A APACN recomenda que o câncer seja um assunto constante em sala de aula. Segundo a Associação, é importante deixar claro que o câncer não é uma sentença de morte e que atualmente existem formas eficientes de tratamento, principalmente para crianças.

Para a APACN, os professores devem explicar sobre o tratamento, a queda de cabelos e os períodos de internação, para evitar o preconceito e estimular os alunos a ajudar o colega a recuperar os conteúdos perdidos.

Entretanto, não deve haver superproteção: a criança com leucemia precisa respeitar as normas de comportamento e atender às expectativas de aprendizagem.

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