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Plano Para Tratar Asma Ajuda a Reduzir Mortes

24 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). A forma como um paciente com asma gerencia sua doença pode influenciar em sua sobrevivência a uma forte crise, cientistas informaram.

Traçar uma estratégia por escrito para tratar a asma e usar drogas esteróides por via oral podem reduzir de forma significativa o índice de morte de asma, pois ajuda os asmáticos a dependerem menos nas bombinhas, mostra o resultado de um estudo.

Médicos debateram se medicamentos contra asma e um plano fixo de gerenciamento da doença crônica tinham um impacto nas taxas de morte provocada pela enfermidade.

A partir daí, o médico Michael J. Abramson e seus colegas da Universidade Monash, em Melbourne, na Austrália, exploraram vários fatores que poderiam mostrar as diferenças entre 51 pacientes que morreram durante um ataque de asma e 202 doentes que foram hospitalizados mas sobreviveram ao ataque.

Os dois grupos de pacientes diferenciavam no gerenciamento da asma. Os sobreviventes tinham uma probabilidade três vezes maior do que aqueles que morreram a ter um plano de ação escrito sobre como tratar a doença, segundo o estudo publicado na edição de janeiro da revista American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine.

Na verdade, o uso de planos escritos pode reduzir o índice de morte em mais de 70 por cento. As pessoas que morreram após sofrerem uma forte crise de asma tinham uma probabilidade menor de estarem usando aparelhos para monitorar a asma, a equipe de Abramson assinalou.

Pessoas que usaram drogas esteróides para tratar a doença tinham 90 por cento menos chance de morrer devido a uma crise. Mas níveis sanguíneos de salbutamol -- uma das várias drogas beta-antagonistas usadas para tratar asma -- eram duas vezes maiores em pacientes que morreram do que naqueles que sobreviveram.

"Um uso maior de planos escritos para gerenciar a asma, com uma dependência menor em beta-antagonistas e uma supervisão médica mais atenta, pode reduzir (os índices de morte da) asma", os autores concluíram.

Os pesquisadores também alertaram os pacientes a não se automedicarem com "altas doses de beta-antagonistas durante uma crise forte de asma sem antes procurar ajuda médica".

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