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BRASIL: Reposição Hormonal pode Interferir na Mamografia

São Paulo, 12 de Janeiro(eHealthLA). Pesquisadores do Group Health Cooperative of Puget Sound e da Universidade de Washington, em Seattle, divulgaram que a terapia de reposição hormonal pode aumentar a dificuldade de detecção do câncer de mama. O estudo revelou que a reposição hormonal durante a menopausa aumenta a densidade dos seios, e essa densidade diminui quando o tratamento é interrompido.

"O aumento da densidade afeta negativamente a precisão da mamografia sendo um forte, mas não o maior, fator de risco para a não identificação do câncer através do exame", informaram os pesquisadores. A idade também poderia afetar a possibilidade de um aumento da densidade mamária. Segundo os cientistas, é muito cedo para recomendar que as mulheres comecem e depois interrompam a terapia para obter mamografias mais precisas, pois são necessárias novas pesquisas.

Terapia Hormonal

A terapia hormonal foi criada ainda nos anos 1960 nos Estados Unidos, desde então gerando muita polêmica e dúvida no meio científico. Entre os 40 e 55 anos a mulher tem uma queda gradual na produção de hormônios, até parar de menstruar. É a chamada menopausa, quando os ovários deixam de produzir estrógeno e progesterona. A falta desses hormônios causa incômodos como secura vaginal, ondas de calor e perda da libido.

Aí entra o papel da reposição hormonal. Os médicos ainda se perguntam até que ponto a terapia pode ser perigosa, mas, de modo geral, acreditam em seus benefícios. Para o ginecologista Afonso Celso Pinto Nazário, da Universidade Federal de São Paulo, algumas pacientes não toleram a reposição porque experimentam uma eterna sensação de tensão pré-menstrual. "Nem sempre é o caso de se apelar para ela. Existem mulheres que vivem muito bem sem hormônios, graças a uma dieta adequada, boas doses de exercícios e suplementos”, explica o médico.

Se a opção for pelo tratamento, médico e paciente devem escolher juntos a forma de administração dos hormônios (existem géis, adesivos, sprays, comprimidos e cápsulas intradérmicas que ficam liberando as substâncias por até seis meses).

Durante o tratamento deve-se observar nas reações do organismo. “O ideal é que sejam realizadas contagens hormonais periódicas a partir dos 35 anos de idade, pois ficará mais fácil, depois, avaliar a possibilidade de uma reposição conhecendo-se os altos e baixos dos hormônios daquele organismo especificamente”, explica Nazário.

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