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Maioria das Crianças Africanas com HIV Morre Até os 3 Anos

27 de Dezembro de 2000 (Bibliomed). Quase 90 por cento das crianças infectadas com HIV na África não conseguem sobreviver até seu terceiro aniversário, de acordo com resultados de uma estudo conduzido em Malaui.

Quando uma condição relacionada à Aids se desenvolve, mais da metade das crianças infectadas morre dentro de 12 meses, disseram pesquisadores.

Taha E. Taha, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, e sua equipe afirmaram que seu estudo é "um dos maiores estudos com crianças infectadas com HIV que foram acompanhadas na África subsaariana".

Durante cerca de 18 meses, os cientistas acompanharam 190 crianças infectadas com HIV, 499 crianças não-infectadas nascidas de mães com HIV e 119 crianças não-infectadas nascidas de mães HIV negativo.

De acordo com o estudo publicado na edição de dezembro de Pediatrics, 89 por cento das crianças infectadas com HIV vivas aos 6 meses morreram aos 3 anos.

Em comparação, os pesquisadores destacaram que, em um estudo europeu, somente 18 por cento das crianças infectadas com o HIV morreram aos 3 anos, e um estudo dos Estados Unidos descobriu que 75 por cento viveram até 5 anos.

Taha e sua equipe sugerem que um melhor controle da diarréia persistente e de infecções crônicas do ouvido médio pode "reduzir substancialmente" as mortes nessa população.

Os pesquisadores concluem que "esforços para disponibilizar testes de diagnósticos e procedimentos simples para ajudar médicos a fornecer um melhor atendimento às crianças de países em desenvolvimento devem ser uma prioridade".

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