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ONU Quer Comprometimento Para Combater Epidemias

Por Lisa Richwine

WASHINGTON (Reuters)
- Os casos de sucesso no combate a doenças infecciosas em países pobres provam que grandes epidemias podem ser controladas se grupos públicos e privados investirem bilhões de dólares e tiverem vontade política combatê-las, informou um relatório da ONU divulgado terça-feira.

Representantes de cinco agências das Nações Unidas e do Banco Mundial anunciaram que estão otimistas com relação a possibilidade de reversão do quadro de morte e comprometimento de economias provocado por doenças como Aids, tuberculose e malária, que matam milhões de pessoas.

O desafio é assegurar que governos de países desenvolvidos e em desenvolvimento, indústrias farmacêuticas, empresas e grupos privados se comprometam a pagar e implementar programas para fornecer medicamentos, tratamento e educação, avaliaram os representantes.

David Heymann, da Organização Mundial de Saúde (OMS), acredita que um investimento de 5 bilhões de dólares anuais por pelos próximos 10 a 15 anos poderá cortar pela metade o número de mortes por Aids, tuberculose, malária e várias doenças infantis, além de evitar problemas que ameaçam gestantes nos países em desenvolvimento.

O relatório ressaltou que países como Senegal, Uganda e Tailândia frearam as taxas de infecção por HIV facilitando o acesso a preservativos, aconselhamento, testes e programas de educação sobre sexo e uso de agulhas.

As agências das Nações Unidas e o Banco Mundial se uniram ao Pharmaceutical Research and Manufacturers of America (Fabricantes e Pesquisadores Farmacêuticos da América), dois grupos de lobby, e ao Conselho de Relações Exteriores que vê na crise da saúde uma ameaça à segurança mundial.

Os grupos esperam que o documento desencadeie novas iniciativas do presidente eleito dos Estados Unidos, George W. Bush, e do novo Congresso, superando os recursos da ordem de 1,4 bilhão de dólares destinados a programas globais de saúde no ano passado.

Alguns republicanos questionam a idéia das epidemias serem vistas como uma ameaça à segurança nacional, mas os dois partidos norte-americanos têm apoiado programas de alcance mundial como o financiamento para o combate à Aids, informou Chris Lovelace do Banco Mundial. "Há boas evidências do potencial do apoio bipartidário", disse Lovelace.

Sinopse preparada por Reuters Health

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