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Campos Magnéticos Podem Destruir os Parasitas da Malária

Nova Yorque ( Reuters Health) – Cientistas da Universidade de Washinton em Seatlle têm determinado uma estratégia inovadora para destruir parasitas da malária através do uso da oscilação de campo magnético.

"se estudos futuros confirmarem nossas descobertas e suas aplicações em animais e pessoas haveria uma maneira simples e barata de tratar uma doença que afeta 500 milhões de pessoas todo o ano, quase todos em países do Terceiro Mundo," explicou Dr. Henry C. Lay, diretor do estudo, em uma declaração.

Parasitas da malária alimentam-se da "parte esférica" da hemoglobina, o pigmento nas células vermelhas do sangue. Mas os parasitas carecem da enzima necessária para quebrar o ferro contido em uma das metades da hemoglobina que de fato é tóxica para eles. Para eliminar estes efeitos tóxicos os parasitas da malária formam hemoions – "quase cristalino" na disposição das hemi-moléculas.

Em seu estudo, a equipe de Lay tirou vantagem do fato destes hemoions agirem essencialmente como pequenas barras magnéticas, e podem ser removidas e novamente restituídas tóxicas para os parasitas com força magnética suficiente.

Os investigadores expuseram as células vermelhas injetadas do sangue humano com o parasita da malária ao campo magnético, "só um pouco mais forte que o da terra", Lay disse em declaração à Universidade de Washington "a diferença é que ela está oscilando".

Exposto ao campo magnético o número de parasitas presentes no sangue foi reduzido entre 30% e 70% o próximo passo é determinado se a oscilação magnética pode ser seguramente usada para tratar a infecção de malária em animais e humanos, explicou Lay. "Nós precisamos ter certeza de que não prejudicaremos o hospedeiro (a pessoa ou animal infectado)... Minha impressão é que não".

Ele acrescentou que esta estratégia, se for comprovada ser segura e efetiva, poderia ter várias vantagens importantes: o acesso é "barato e simples" e é improvável que os parasitas desenvolvam resistência ao campo magnético. Numa entrevista, Lay relatou à Reuters Health que por causa do mecanismo subjacente o efeito do campo magnético em parasitas da malária é "simples", ele espera que os ímãs tenham o mesmo efeito nas pessoas como tiveram no laboratório. Ele também espera que a oscilação magnética tenha alguns efeitos adversos em humanos, mas desde que os pacientes necessitem estar expostos por apenas 12 ou 24 horas, quaisquer efeitos provavelmente durarão pouco.

"Eu penso que o benefício será bem maior que qual quer dano", concluiu Lay.

Sinopse preparada por Reuters Health

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