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Doença da Vaca Louca Faz França Subsidiar Produtores de Carne

PARIS (Reuters) - O Ministro da Agricultura da França, Jean Glavany, anunciou na terça-feira um pacote de 390 milhões de dólares em subsídios para fazendeiros que tiveram prejuízos por causa do medo em torno do consumo de carne, que poderia estar contaminada pela doença da vaca louca.

Glavany divulgou o pacote horas depois de um encontro de ministros da Agricultura da União Européia (UE), no qual foram acertadas novas medidas para deter a disseminação da doença degenerativa do cérebro. Cientistas suspeitam que a doença que atinge a vaca pode ter ligação com um mal similar mortal para seres humanos.

A indústria da carne viu suas vendas caírem cerca de 40 por cento desde a denúncia, há um mês, de que alguns supermercados haviam vendido carne de rebanhos que podiam estar contaminados com a encefalopatia espongiforme bovina (BSE), o nome científico da doença da vaca louca.

Os ministros da UE concordaram em ampliar os testes de detecção da doença em animais e disseram que a proibição do comércio de carne francesa imposto por países do bloco teria de ser avaliado por cientistas.

A França garantiu que consumidores de sua carne fora do país não seriam expostos a maiores riscos de contrair a doença que os consumidores franceses. Mas o governo francês não conseguiu colocar fim ao embargo unilateral imposto por vários de seus parceiros da UE.

Glavany afirmou, porém, estar satisfeito com o resultado da reunião, que determinou uma nova análise dos embargos no final do mês, depois de cientistas da entidade avaliarem a situação.

"Espero que essas medidas sejam levantadas assim que possível, já que não se justificam", disse o ministro francês.

O programa de teste começa a ser implantado em 1o de janeiro e irá visar todos os animais com mais de 30 meses.

Sinopse preparada por Reuters Health

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