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Doação de Órgãos

Brasil Aproveita Somente 30% das Doações

Apesar de um número recorde de transplantes, o Brasil aproveita apenas 30% dos órgãos doados. De acordo com o Ministério da Saúde, o programa de transplantes que surgiu após a lei em 1997, é ainda novo. No ano passado, o SUS (Sistema Único de Saúde) pagou 17,9% em cirurgias de transplantes a mais que no ano de 1998. Este aumento está ligado a decisão do governo de remunerar os hospitais que fazem a captação dos órgãos.

De acordo com o Relatório Brasileiro de Transplantes de Órgãos, um dos maiores problemas com relação à efetivação de um transplante é com relação as dificuldades na manutenção de um doador em condições clínicas para fazer uma retirada, em casos quando não tem tempo hábil. Os paises de todo o mundo também sofrem com este tipo de problema e aproveitam em torno de 40% a 50%.

Outro problema levantado foi o processo de captação. Existem ainda problemas com as contra-indicações para aproveitar o órgão porque pode estar comprometido, a falha orgânica, as doenças como hepatite e HIV. No caso de morte encefálica não-identificada, como também, a falta de especialista, um neurologista por exemplo, ou ainda a falta de experiência no diagnostico clínico.

A política do Ministério da Saúde, no que diz respeito aos transplantes, é oferecer um financiamento adequado. O Ministério tem ainda duas funções, que é a parte que normatiza todo o processo e a parte de financiamento dos transplantes.

Precariedade

A lei de doação hoje no Brasil acabou gerando uma polêmica. Apesar de ter sido feito a correção na doação compulsória, que foi feita por meio de medida provisória estabeleceu o consentimento familiar. A partir daí, em conseqüência da polêmica gerada, espalhou-se um medo geral na grande maioria das pessoas. O programa de doação tem entre suas mensagens, o trabalho com base nas negativas dos familiares, além disso, ele incentiva ainda as pessoas a falarem para seus familiares, que são doadoras.

Os transplantes no Brasil ainda sofrem com as precariedades existentes no setor, como falhas na captação, falta de infra-estrutura para comprovação de morte encefálica e manutenção do coração até o instante da cirurgia. Os estados brasileiros, de acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos contam situações semelhantes. O país deveria ter em torno de 5 a 6 mil transplantes de rim/ano, por exemplo. No ano de 1999, foram realizados apenas 2 mil transplantes. Índices que acontecem no processo de doação de todos órgãos

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