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Hospital Denunciado por Remoção de Órgãos Também Guarda Fetos

Por Martin Hickman

LONDRES (Reuters) - Um hospital britânico envolvido no escândalo sobre remoção secreta de órgãos de crianças mortas também está estocando mais de 400 fetos, informaram autoridades médicas na segunda-feira.

A descoberta dos fetos resultantes de abortos ou que nasceram mortos no hospital infantil Alder Hey de Liverpool causou alarme entre pais em toda a Grã-Bretanha.

Divulgou-se que, entre 1988 e 1995, a equipe de Alder Hey removeu e estocou órgãos de mais de 800 crianças mortas sem a permissão ou o conhecimento dos pais.

A revelação levou o governo a instalar uma investigação independente. O porta-voz do hospital disse à Reuters que os fetos foram encontrados durante uma inspeção tinham sido enviados ao Alder Hey por maternidades locais entre 1989 e 1995 e estavam sendo estocados em laboratório.

"Os fetos foram enviados depois de mortos para o hospital. A questão é o que aconteceu depois disso e por que foram guardados", disse o porta-voz.

Os chefes do serviço de saúde disseram que pais preocupados têm sobrecarregado o Halder Hey perguntado se seus fetos foram guardados pela equipe.

O Alder Hey, cuja reputação foi marcada negativamente pelo escândalo dos órgãos, informou que não é incomum patologistas terem coleções de tecido.

Conforme o porta-voz do hospital, não está claro se as mulheres envolvidas tinham dado permissão para a remoção dos fetos. O hospital estava pensando em tentar localizar as mulheres.

"Em muitos casos, temos um nome mas isto não significa que saibamos onde a família está", disse o porta-voz.

Hugh Lamont, porta-voz do serviço executivo de saúde da região noroeste, informou que os pais da região tinham conhecimento sobre a estocagem dos fetos.

Lamont atacou a reportagem alarmante feita pela BBC. "Causou uma enorme quantidade de angústia. As linhas telefônicas estão congestionadas no Alder Hey por famílias preocupadas de todo o país que perguntam: Vocês ficaram com nossos filhos no Alder Hey?", disse o porta-voz.

Sinopse preparada por Reuters Health

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