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Uso de Preservativo Ainda Causa Polêmica entre Católicos

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O uso de preservativo como medida de prevenção à transmissão do HIV continua sendo condenado por membros da Igreja Católica. A posição foi defendida pelo bispo de Goiânia (GO), Eugene Rixon, durante o Fórum 2000 -- 2ª Conferência de Cooperação técnica Horizontal da América Latina e Caribe sobre HIV/Aids e DST.

"Apenas posso reiterar a posição oficial da Igreja Católica de que a maneira ideal de prevenir a transmissão do HIV é o celibato antes do casamento e a fidelidade depois do casamento", disse Rixon durante uma mesa-redonda sobre Aids e Religião na terça-feira, dia em que as atividades foram dedicadas ao debate sobre estratégias de prevenção.

Apesar de polêmica e bastante criticada, a recomendação católica parece não estar tendo impacto expressivo no uso do preservativo.

No Brasil, o Ministério da Saúde anunciou ter destinado 200 milhões de unidades de preservativos masculinos para campanhas de distribuição durante o ano 2000 e pretende repetir a estratégia no próximo ano.

No Chile, o lançamento da campanha pelo uso do preservativo foi seguido de declarações de médicos ligados à Universidade Católica questionando a eficácia do método.

Segundo Raquel Child, representante do Grupo de Cooperação Técnica Horizontal da América Latina e Caribe em HIV/Aids, a polêmica serviu para abrir espaço para o debate.

"Tivemos páginas e páginas nos jornais, coisa que não teríamos conseguido sem a crítica da Igreja", analisou Child.

O diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para Aids (Unaids), Peter Piot, havia criticado o entendimento católico durante cerimônia de abertura da conferência na segunda-feira, classificando-o como inaceitável a contrapropaganda feita pela Igreja.

Sinopse preparada por Reuters Health

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