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Jospin Rejeita Apelo de Chirac para Conter Vaca Louca

Por Greg Drost

PARIS (Reuters) - O primeiro-ministro francês, Lionel Jospin, rejeitou na terça-feira o apelo feito pelo presidente da França, Jacques Chirac, para suspender o uso de carne e osso na alimentação de animais devido ao temor sobre a disseminação da doença da vaca louca. Jospin afirmou, durante sessão do Parlamento, que não havia razão para proibir o uso de carne e osso em rações animais agora.

"Ouvimos as preocupações de nossos cidadãos", disse Jospin, destacando que o governo já pediu à agência de segurança de alimentos (AFSSA) para avaliar se a proibição francesa do uso de carne e osso em ração de gado deve ser estendida a todos os animais.

"Agora, o governo está estudando formas que irão permitir a proibição destas rações o mais rápido possível", acrescentou o primeiro-ministro. Jospin destacou as dificuldades de proibição da prática de fornecer produtos animais a outros animais, afirmando que a França seria obrigada a incinerar um número de carcaças animais três vezes maior do que o atual, caso a proibição seja colocada em prática.

Isso pode liberar mais poluentes, como o dióxido, no ar, criando um problema mais grave do que o risco à saúde, disse Jospin.

O governo socialista de Jospin foi pressionado pela recomendação de Chirac para proibir o uso de carne e osso em rações para todos os animais, e não somente o gado.

Em um comunicado televisivo, Chirac disse que autoridades devem agir imediatamente para proteger consumidores da encefalopatia espongiforme bovina (BSE), conhecida como doença da vaca louca, e não devem esperar três ou quatro meses pelo veredicto da AFSSA.

"Na minha opinião, sem esperar os resultados, devemos suspender o uso dessas rações para todas as criações (de animais), enquanto esperamos uma decisão definitiva de especialistas", disse Chirac.

Sinopse preparada por Reuters Health

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