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Justiça do Japão Dá Ganho de Causa a Vítima de Bomba Atômica

TÓQUIO (Reuters) - A Justiça do Japão considerou verdadeiras na terça-feira as alegações de um homem de 74 de que a bomba atômica de Hiroshima havia prejudicado sua saúde, uma decisão que promete aumentar as pressões sobre o governo para que ofereça assistência financeira para outras vítimas dos artefatos nucleares.

A Suprema Corte em Osaka, região oeste do Japão, rejeitou um apelo do governo impetrado contra uma decisão prévia confirmando que a bomba atômica lançada sobre Hiroshima em agosto de 1945 havia provocado problemas de saúde no homem.

A sentença afirma que são inadequados os critérios do governo para decidir sobre quais vítimas da bomba nuclear poderiam receber assistência.

Uma autoridade do Ministério da Saúde e do Bem-estar afirmou que o governo estudava a decisão e não havia decidido ainda sobre se recorreria novamente dela.

O homem, que estava em Hiroshima quando os EUA lançaram a bomba sobre a cidade nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, iniciada em 1939, apresentou problemas em seu sistema imunológico anos depois.

Ele pediu em 1985 que o governo reconhecesse que sua doença havia sido provocada pela bomba, o que o qualificaria para receber ajuda financeira. Seu pedido, porém, foi renegado.

O governo argumenta que a carga de radioatividade recebida pelo homem não era suficiente para causar as disfunções. A Justiça, porém, considerou os critérios do governo inadequados.

Das 297.600 pessoas afetadas pelas bombas atômicas lançadas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki, apenas 2.166 receberam assistência do governo.

Sinopse preparada por Reuters Health

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