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Autoridades Britânicas Fazem Alerta Contra Bebê "projetado"

LONDRES (Reuters) - Autoridades britânicas responsáveis pelo controle de tratamentos de fertilização anunciaram na quarta-feira que não quebrariam suas regras para atender um casal que pretende escolher o sexo do próximo filho.

As autoridades alertaram que o caso poderia ser um precedente perigoso para "bebês projetados".

A Autoridade em Fertilização Humana e Embriologia (HFEA) regula a fertilização in vitro na Grã-Bretanha e informou que Alan e Louise Masterton, da Escócia, precisariam encontrar uma clínica autorizada disposta a discutir o caso.

Os Mastertons têm quatro filhos homens e querem ter uma menina depois que a única filha morreu em um acidente no ano passado.

Para conseguir conceber a menina, o casal ainda precisaria convencer uma das cinco clínicas licenciadas a realizar o tratamento seletivo de gênero a pegar o caso. Segundo as orientações da HFEA, esse tratamento só deve ser usado para impedir sérios distúrbios genéticos.

"Foi decidido que não devemos permitir o tratamento por razões sociais, físicas ou psicológicas", informou um porta-voz do órgão à Reuters.

"Pela nossa política, o método não deve ser usado para criar bebês projetados", disse o porta-voz. "O tratamento é destinado a evitar distúrbios sérios como fibrose cística, hemofilia, distrofia muscular e atrofia muscular espinhal", acrescentou o porta-voz, acrescentando que o casal ainda não se inscreveu oficialmente para obter a permissão que autorizaria o uso desse procedimento em uma clínica autorizada.

Uma das clínicas licenciadas informou que seu próprio comitê ético não vai recorrer aos reguladores em favor do casal por causa da existência das regras da HFEA.

"Os Mastertons estão em uma situação complicada", disse Simon Fischel, diretor do Centre for Assisted Reproduction (Centro para Reprodução Assistida).

"Somos regidos por nossos próprios comitês éticos. Colocamos isto (o caso) ao nosso e a inquietação dominante foi a posição da HFEA", acrescentou Fischel, dizendo que, de qualquer forma, o casal deveria poder realizar o tratamento no exterior.

A imprensa britânica informou que o casal estava planejando levar o caso à Justiça com base na Convenção Européia dos Direitos Humanos, recentemente incorporada às leis britânicas.

Sinopse preparada por Reuters Health

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