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Documento Aponta Queda de Sexo Seguro na Austrália

CANBERRA, Austrália (Reuters) - Os progressos realizados no tratamento do HIV na Austrália poderiam estar provocando um certo descuido nas práticas de sexo seguro em comunidades de alto risco, como homens homossexuais e profissionais do sexo, informaram especialistas na quinta-feira.

O Conselho Nacional da Aids, Hepatite e Doenças Associadas informou que o número de diagnósticos de infecção por HIV na Austrália diminuiu em 1999, mas a infecção pode ter um novo crescimento à medida que a atitude das pessoas em risco se torna mais complacente.

"Os dados mostram índices crescentes em outras doenças transmitidas sexualmente que combinados aos resultados da pesquisa sobre comportamento, indicam que há sinais de um pequeno aumento nas práticas sexuais não seguras entre alguns grupos", informou o Conselho em declaração.

Conforme o presidente o Conselho, Chris Puplick, foram feitos progressos no tratamento do HIV, particularmente no desenvolvimento de tratamentos antivirais que tornaram mais lenta ou mesmo detiveram a deterioração da saúde, fator que pode estar contribuindo para a complacência crescente.

"É preciso reconhecer que a maioria das pessoas com risco de contrair o HIV não abandonou as práticas de sexo seguro mas, sem dúvida, estes sinais são uma causa de preocupação", disse Puplick.

O número de casos de HIV diagnosticados na Austrália diminuiu de 1.162 em 1991 para 680 em 1999, mas o índice de declínio parece estar se desacelerando, assinalou o Conselho.

Segundo Puplick, para piorar a situação as cifras preliminares do Estado de Victoria podem indicar um aumento no número de casos diagnosticados durante os primeiros seis meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado.

"Essas informações indicam que precisamos revisar e revitalizar os programas de educação dirigida para manter a mensagem do sexo seguro e um baixo índice de infecção por HIV na Austrália", disse Puplick.

Conforme o relatório, a incidência da Aids diminuiu desde seu ponto máximo de 995 casos diagnósticos em 1994 para 196 novos casos em 1999 e estima-se que a cifra permaneça estável em cerca de 190 casos por ano até 2003.

Sinopse preparada por Reuters Health

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