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Estradional não traz benefícios para as habilidades cognitivas em mulheres na menopausa

08 de setembro de 2016 (Bibliomed). Décadas atrás, a reposição hormonal pós-menopausa foi considerada a panaceia para as mulheres de meia-idade. A prevenção do declínio cognitivo relacionado com a idade estava entre os principais benefícios alegados desta terapia.

Agora, um novo estudo publicado na revista Neurology demonstra que a melhoria na capacidade cognitiva não está associada a terapia com estrógeno entre as mulheres que o usam após a menopausa, não importa quando elas começam a tomá-lo.

Pesquisadores americanos distribuíram aleatoriamente 567 mulheres saudáveis, de 41 a 84 anos, para receber estradiol ou um placebo inativo todos os dias. Além disso, as mulheres foram divididas em dois grupos: um grupo de menopausa precoce (dentro de seis anos de seu último período) e um grupo tardio (pelo menos 10 anos após a menopausa). As mulheres também usaram um gel de progesterona ou placebo vaginal, a menos que elas tinham sido histerectomizadas. O tratamento médio durou cerca de cinco anos. Os investigadores testaram a memória verbal e habilidades cognitivas das participantes no início do estudo, 2,5 anos mais tarde, e cinco anos mais tarde.

Os pesquisadores descobriram que, em comparação com o início de pontuação em testes de memória, as mulheres melhoraram sua memória verbal com a prática, com e sem terapia hormonal. As pontuações foram as mesmas para aquelas com e sem ondas de calor, e para as mulheres que tinham o útero ou que haviam feito uma histerectomia.

Assim, concluíram que o estradiol iniciado no prazo de seis anos após a menopausa não afeta a memória verbal, funções executivas, ou cognição global de forma diferente da a terapia iniciada mais de dez anos após a menopausa. O estradiol nem beneficia e nem prejudica essas habilidades cognitivas, independentemente do tempo de menopausa.

Fonte: Neurology 10.1212/WNL.0000000000002980

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