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Ter um animal de estimação reduz risco de declínio cognitivo

04 de março de 2022 (Bibliomed). Idosos com animais de estimação podem ter menor risco de declínio mental, é o que sugere um estudo realizado por pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores explicam que estudos anteriores sugeriram que ter um animal de estimação pode trazer benefícios à saúde, como a diminuição da pressão arterial e do estresse. Como o estresse é uma condição que pode afetar negativamente a função cognitiva, os pesquisadores resolveram analisar como ter um animal de estimação poderia afetar a saúde mental dos idosos.

O estudo incluiu quase 1.400 idosos, com idade média de 65 anos, que tinham habilidades normais de pensamento e memória no início do estudo. Mais da metade (53%) eram donos de animais de estimação e 32% possuíam animais de estimação por cinco anos ou mais (considerados donos de longo prazo). A maioria dos participantes (88%) eram brancos, 7% eram negros, 2% eram hispânicos e 3% eram de outros grupos étnicos/raciais.

Ao longo de seis anos de acompanhamento, os participantes receberam uma série de testes cognitivos em áreas como matemática e memorização de palavras, para desenvolver uma pontuação cognitiva composta para cada pessoa, variando de 0 a 27. Em comparação com os donos de animais de estimação, as pontuações cognitivas diminuíram em um ritmo mais lento entre os donos de animais de estimação e especialmente entre os donos de animais de longa data.

Depois de contabilizar outros fatores conhecidos por afetar a função mental, os pesquisadores concluíram que, ao final do estudo, a pontuação média composta cognitiva entre os donos de animais de estimação de longo prazo era 1,2 pontos maior do que entre os não donos. Eles também observaram que os benefícios cognitivos associados a ter um animal de estimação por amis tempo foram mais fortes em pessoas negras, participantes com ensino superior e homens.

Fonte: American Academy of Neurology. February, 2022.

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