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Maior ingestão de ácido fólico correlacionado a menor risco de câncer de mama

2 de março de 2015 (Bibliomed). Existem evidências limitadas sobre a associação entre a ingestão de ácido fólico na dieta e o risco de câncer de mama com expressão de receptores hormonais.

O ácido fólico, ou vitamina B9, é encontrado em vísceras de animais, verduras de folha verde, legumes, frutos secos, grãos integrais e levedura de cerveja. Ele se perde nos alimentos conservados em temperatura ambiente e durante o cozimento. Ao contrário de outras vitaminas hidrossolúveis, é armazenado no fígado e sua ingestão diária não é necessária. Sua insuficiência nos seres humanos é muito rara.

Um recente estudo investigou a relação entre o ácido fólico na dieta e risco de câncer de mama utilizando dados da Investigação Prospectiva Europeia sobre Câncer e Nutrição (EPIC). Um total de 367.993 mulheres com idades de 35 a 70 anos foram recrutadas em 10 países europeus. Durante um período de acompanhamento médio de 11,5 anos, foram identificadas 11.575 mulheres com câncer de mama. A ingestão dietética de folato foi estimada a partir de inquéritos alimentares específicas de cada país.

Foi observada uma associação inversa entre ácido fólico na dieta e risco de câncer de mama. Em mulheres na pré-menopausa, observou-se uma tendência estatisticamente significativa à menor risco nos níveis de câncer de mama sem receptores para estrogênio e progesterona. Nenhuma associação foi encontrada em mulheres na pós-menopausa. Observou-se uma redução de 14% no risco do câncer da mama quando se compara a maior com os mais baixos níveis de ingestão de folato.

Assim, a pesquisa concluiu que uma maior ingestão dietética de ácido fólico pode estar associada um risco menor de desenvolver câncer de mama sem receptores para hormônios sexuais.

Fonte: JNCI (2015) 107 (1).

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