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Parto submerso em água: existe vantagem?

22 de maio de 2014 (Bibliomed). A imersão em água tem sido sugerida como uma alternativa benéfica para o trabalho de parto e, nas últimas décadas, tem vindo a ganhar popularidade em muitas partes do mundo. Um novo estudo publicado na revista Pediatrics buscou avaliar melhor quais seriam as condições ideais nas quais este tipo de parto seria realizado.

A imersão em água durante a primeira fase do trabalho de parto pode ser associada com a diminuição da dor, ou de utilização de anestesia e diminuição do tempo de trabalho. No entanto, não há nenhuma evidência de que a imersão em água durante a primeira fase do trabalho melhore os resultados perinatais, e não deve impedir ou inibir outros elementos de cuidados.

A segurança e eficácia de imersão em água durante a segunda fase do trabalho de parto ainda não foi estabelecida, e a imersão em água durante a segunda fase do trabalho de parto não tem sido associado com benefício materno ou fetal. Diante desses fatos e relatos de casos de efeitos adversos raros, mas graves no recém-nascido, a prática de imersão na segunda fase do trabalho de parto (parto subaquático) deve ser considerada um procedimento experimental, que só deve ser realizado dentro do contexto de um ensaio clínico adequadamente concebido com o consentimento informado.

Instalações que pretendem oferecer imersão na primeira etapa do trabalho precisam estabelecer protocolos rigorosos para seleção de candidatos, manutenção e limpeza de banheiras e piscinas de imersão, procedimentos de controle de infecção, monitoramento das mães e dos fetos.

Fonte: PEDIATRICS Vol.. 133 N. 4 01 de abril de 2014 pp 758 -761.

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