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Menos pode ser mais, para mulheres que usam aspirina para prevenir um acidente vascular cerebral (derrame cerebral). É o que mostra estudo publicado no número de setembro da revista Stroke.
Enquanto baixas doses de aspirina reduzem o risco de uma mulher ter um acidente vascular cerebral isquêmico, o uso de mais de 15 comprimidos por semana pode dobrar o risco de ocorrência de um acidente vascular cerebral hemorrágico.
Os derrames cerebrais de origem isquêmica, o tipo mais comum, são causados por um bloqueio nas artérias. Os acidente vasculares cerebrais hemorrágicos ocorrem quando um vaso sangüíneo rompe no cérebro; estes tem maior probabilidade de serem fatais do que um acidente vascular cerebral isquêmico.
Investigadores da Harvard Medical School e do Brigham and Women's Hospital em Boston, Estados Unidos, estudaram os dados de 79.319 mulheres saudáveis, com idades entre 34 a 59 anos; estas mulheres foram acompanhadas de 1980 a 1994.
Durante este período de tempo ocorreram 295 acidentes vasculares cerebrais isquêmicos e 100 acidentes vasculares cerebrais hemorrágicos de tipo hemorragia subaracnóidea, 52 de tipo hemorragia intraparenquimatosa, e 56 derrames de tipo indeterminado.
Mulheres que usaram de um a seis comprimidos de aspirina por semana mostraram um baixo risco de acidente vascular cerebral isquêmico. Porém, a incidência de acidente vascular cerebral hemorrágico triplicou entre mulheres mais velhas com pressão arterial elevada e que estavam usando mais de 15 comprimidos de aspirina por semana.
Assim, conclui-se que o efeito na incidência total de derrames cerebrais irá depender da dose de aspirina e da distibuição de subtipos de derrame e dos fatores de risco na população.
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