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19 de setembro de 2012 (Bibliomed). Os adolescentes enfrentam diversos problemas nessa época da vida e uma questão que preocupa a todos é a gravidez acidental. Dados da Organização mundial de Saúde mostram que em todo o mundo mais de 41% das gestações não são planejadas, e cerca de 16 milhões de adolescentes entre 15 e 19 anos dão à luz anualmente.
Existem diversas causas que levam a números tão alarmantes. Fatores como a condição socioeconômica, relacionamento com o parceiro, nível de escolaridade e diálogo com a família exercem muita influência nessa questão. A autoestima também é determinante. De acordo com o Dr. Afonso Nazário, chefe do Departamento de Ginecologia da UNIFESP, “(...) algumas vezes a autoestima da garota está tão baixa que ela não vê perspectiva, a idéia de ter um filho, alguém que ela irá amar e que precisará dela, soa como uma boa solução. O problema é que provavelmente ela ainda não está pronta para arcar com esta responsabilidade sozinha”.
Outra possibilidade é que a mulher engravide para tentar assegurar que seu parceiro fique com ela por muito tempo. A construção de sua própria família seria uma solução para os problemas que ela enfrenta dentro de casa e consigo mesmas. O bebê também seria uma garantia no seu relacionamento amoroso.
Ter um filho na adolescência traz diversos problemas para a mãe e a criança. Além das complicações sociais e econômicas, a gravidez nessa fase da vida traz riscos de saúde para a garota e para seu bebê.
“Levar conhecimento aos jovens por meio de ações educativas, mostrar que existem métodos contraceptivos e indicar que os adolescentes têm acesso a diversas alternativas são medidas que podem reduzir o número de gravidez nessa faixa etária. Os pais, educadores e os próprios médicos podem e devem orientá-los sobre como evitar uma gravidez precoce e principalmente, que estes jovens são responsáveis e devem escolher qual caminho seguir, conscientemente”, explica o Dr. Afonso.
Fonte: Burson-Marsteller, 18 de setembro de 2012
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