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Pesquisa Revela o Que Há Por Trás das Emoções

NOVA YORK (Reuters Health) - Pesquisadores dos Estados Unidos descobriram um pouco mais sobre o que acontece no cérebro quando temos emoções, ajudando a dar base científica para a mais subjetiva das experiências.

Em uma série de experimentos que monitoraram o cérebro enquanto as pessoas tiveram uma variedade de emoções, os cientistas verificaram que a atividade cerebral se altera conforme a emoção que estava sendo expressa, segundo artigo publicado na edição de outubro da revista Nature Neuroscience.

O estudo também mostrou que várias estruturas cerebrais responsáveis pela manutenção do equilíbrio dos sistemas orgânicos parecem estar envolvidas numa vasta gama de emoções.

No estudo, pediu-se que 41 participantes pensassem sobre uma experiência que os fez sentir uma emoção como tristeza, alegria, raiva ou medo. Quando cada pessoa relembrou a emoção, os pesquisadores realizaram um exame por imagem para monitorar a atividade cerebral.

Muitas estruturas do cérebro envolvidas na homeostase -- processo em que o corpo regula sua temperatura, pressão sanguínea e outros sistemas internos -- eram ativadas pelas quatro emoções, segundo a equipe de Antonio R. Damasio, da Faculdade de Medicina da Universidade de Iowa, na cidade de Iowa.

"No mínimo, esses resultados sublinham a conexão anatômica e psicológica existente entre emoção e homeostase", escreveram os autores.

Os pesquisadores verificaram que a atividade cerebral varia de acordo com a emoção sentida. Por exemplo, numa situação de alegria, há aumento de atividade em duas regiões do cérebro -- a região cingular posterior direita e o córtex somatosensório secundário direito, enquanto na tristeza a atividade diminui nessas regiões.

As descobertas sugerem que, a despeito da natureza subjetiva das emoções, as mudanças na atividade do cérebro são de alguma forma responsáveis pela maneira como sentimos, explicam os cientistas.

Para os pesquisadores, estudar a fisiologia das emoções é difícil, pois é impossível estudar sentimentos em animais. O atual estudo é o "primeiro passo" para entender a neurobiologia por trás dos nossos sentimentos, concluiu a equipe.

Sinopse preparada por Reuters Health

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