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03 de outubro de 2011 (Bibliomed). De acordo com pesquisa realizada na Universidade de Ghent, na Bélgica, as mulheres são mais resistentes às doenças do que os homens. Focando-se na análise do papel dos microRNAs codificados no cromossomo X, os cientistas descobriram que elas têm o sistema imunológico mais forte e são menos propensas a desenvolver câncer.
Os microRNAs são pequenas fitas de ácido ribonucleico que, juntamente com o DNA e as proteínas, constituem as três principais macromoléculas que são essenciais para todas as formas de vida conhecidas. O cromossomo X concentra 10% de todos os microRNAs detectados até agora no genoma. As funções de muitos deles são desconhecidas, mas dos conhecidos, muitos dos localizados no cromossomo X e têm funções importantes na imunidade e no controle do câncer.
"As estatísticas mostram que, nos humanos, assim como acontece com outros mamíferos, as fêmeas vivem mais do que os machos e são mais capazes de lutar contra episódios de choques, de infecção, sepse ou trauma", explica o Dr. Claude Libert, um dos autores da pesquisa.
A hipótese da equipe do Dr. Libert é a de que os mecanismos biológicos do cromossomo X têm um forte impacto sobre os genes de um indivíduo, conhecido como assinatura genética, o que dá uma vantagem imunológica às fêmeas.
A equipe produziu uma mapa detalhado de todos os microRNAs descritos que têm algum papel nas funções imunológicas e no câncer nos cromossomos X de humanos e camundongos.
"Nós acreditamos que esta vantagem imunológica deve-se ao silenciamento de genes ligados ao cromossomo X por esses microRNAs," diz Libert. “Este silenciamento genético deixa os machos em desvantagem imunológica, já que esses têm apenas um cromossomo X”, completa.
Fonte: Diário da Saúde, 29 de setembro de 2011
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