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Empresa Anuncia Progresso em Vacina Contra Cistite

Por Maggie Fox

TORONTO (Reuters) - Pesquisadores da MedImmune anunciaram, na segunda-feira, que estão fazendo progressos na vacina contra a cistite, uma infecção que afeta milhões de mulheres em todo o mundo diariamente.

A vacina contra a bactéria que causa a maioria dos casos de infecção do trato urinário está pronta para entrar em fases mais avançadas de estudo, informaram os pesquisadores durante encontro de especialistas em doenças infecciosas, em Toronto.

A vacina também pode ajudar em casos de infecções em homens que causam aumento da próstata, disse em entrevista coletiva Scott Koening, representante da MedImmune, empresa com sede em Gaithersburg, Maryland.

Koening estimou que 10 milhões de casos de infecções do trato urinário ocorrem a cada ano nos Estados Unidos, causando a internação hospitalar de 1,5 milhão de pessoas.

As mulheres jovens sexualmente ativas são o maior grupo afetado. Mulheres no terceiro trimestre de gestação -- quando o volume do bebe limita o fluxo da urina -- também estão em risco, assim como depois da menopausa.

A bactéria "E. coli", normalmente encontrada no trato digestivo, é a maior causa. As bactérias atacam as paredes da bexiga e rins, forçando caminho para dentro das células e provocando uma resposta imune que causa dor, inflamação e sangramento.

A vacina da MedImmune tem como alvo as fímbrias, estruturas semelhantes a pelos usadas pela bactéria para se ligar às células.

Koening anunciou na conferência da Sociedade Americana de Microbiologia que a empresa testou nove mulheres durante a fase a de um estudo recente, cujo objetivo era determinar se a vacina é segura.

"Estas pessoas desenvolveram uma boa resposta imune", disse Koening. Conforme o representante da empresa, as pacientes produziram anticorpos contra a bactéria e quando o sangue foi testado em laboratório, impediu o ataque da bactéria às células da bexiga.

Conforme Koening, macacos testados com a vacina e depois expostos a bactérias infecciosas se mostraram protegidos. "Esperamos entrar na fase 2 ainda este ano", disse Koening.

Nesses testes mais avançados exigidos antecipadamente pela Food and Drug Administration (FDA), agência norte-americana para controle de drogas e alimentos, primeiro serão testadas 90 mulheres com risco de infecção recorrente e mais tarde serão avaliadas outras 300 mulheres.

"Inicialmente, vamos ter como alvo as mulheres com infecções recorrentes do trato urinário", disse Koening. Ele informou que cerca de 20 por cento das mulheres que constantemente têm risco de cistite, ficam doentes repetidamente.

Conforme Koening, as infecções de bexiga custam à economia norte-americana cerca de 1 bilhão de dólares por ano em despesas médicas, antibióticos e testes de laboratório.

Sinopse preparada por Reuters Health

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