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Poluentes do ar afetam células do tecido nervoso

16 de junho de 2011 (Bibliomed). Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) afirmam que os poluentes presentes no ar são nocivos ao sistema nervoso. O experimento, feito com embriões de galinha, observou que o material particulado presente no ar de grandes cidades provoca alterações nervosas ainda em fase de desenvolvimento primário.

Desenvolvido pela bióloga Paula Bertacini, o estudo avaliou o efeito do material particulado fino (PM 2.5) sobre o desenvolvimento embrionário do sistema nervoso. A principal fonte desses poluentes são os veículos. A pesquisa foi realizada na cidade de São Paulo.

O processo experimental consistiu na injeção nos ovos com uma suspensão com material particulado fino. “Posteriormente, foram analisados diversos aspectos morfológicos das células do cerebelo, órgão do sistema nervoso central cuja sensibilidade a substâncias tóxicas ambientais é descrita na literatura”, diz Paula.

A pesquisa se concentrou nos neurônios que desempenham papel central em várias das funções cerebelares, conhecidos como células de Purkinje. Foi observada redução no número dessas células ao mesmo tempo em que os dendritos destas células apresentaram maior ramificação. “Embora não tenha sido o objetivo deste trabalho, é possível que alterações morfológicas nos dendritos das células de Purkinje causem interferência nas sinapses entre estas células e outras células cerebelares e, consequentemente, tenha ação sobre o trânsito de informações entre o sistema nervoso central e o organismo”, aponta Bertacini.

Fonte: Agência USP, 09 de junho de 2011

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