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Consumo de álcool durante a gestação afeta cérebro de bebês 

02 de dezembro de 2022 (Bibliomed). O consumo materno de bebidas alcóolicas durante a gestação, mesmo que em pequenas quantidades, pode alterar a estrutura cerebral do feto.

O estudo, realizado na Universidade Médica de Viena, na Áustria, usou exames de ressonância magnética para avaliar o impacto da bebida em 24 fetos. Os exames foram feitos quando os fetos estavam entre 22 e 36 semanas de gestação.

Os resultados mostraram que os fetos com exposição ao álcool tiveram uma "pontuação de maturação total" fetal significativamente menor do que nos controles da mesma idade, segundo o estudo. Uma parte do cérebro envolvida na cognição social, integração audiovisual e percepção da linguagem era mais superficial. Essa área é conhecida como sulco temporal superior (STS).

Dezessete das 24 mães bebiam álcool com pouca frequência, com consumo médio de álcool de menos de uma bebida alcoólica por semana. No entanto, os pesquisadores foram capazes de detectar alterações significativas nesses fetos com base na ressonância magnética pré-natal. Três participantes do estudo disseram que bebiam de um a três drinques por semana; duas beberam de quatro a seis drinques; e uma bebeu em média 14 ou mais drinques por semana. Seis mães também relataram pelo menos um episódio de consumo excessivo de álcool durante a gravidez, quando beberam mais de quatro doses.

De acordo com os pesquisadores, os problemas observados podem ser devidos a um atraso na mielinização. A mielina protege as células nervosas, possibilitando a transmissão de informações mais rapidamente e potencialmente afetando marcos como rolar, engatinhar ou processar a linguagem. A exposição ao álcool também pode afetar um processo chamado girificação, que envolve a formação das dobras do córtex cerebral, o que afeta o desempenho cognitivo.

Fonte: Radiological Society of North America Annual Meeting 2022.

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