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Múltiplos fatores de risco influenciam no diagnóstico de doenças mentais em mulheres de meia-idade

12 de maio de 2023 (Bibliomed). Aproximadamente 40% do transtorno depressivo maior é considerado hereditário. O restante é atribuído a interações entre mudanças epigenéticas estáveis, neurobiologia e experiências de vida. Alterações genéticas não levam a alterações na sequência do DNA, e são consideradas a base da doença para a vulnerabilidade genética um indivíduo apresentar distúrbios psiquiátricos.

O tabagismo, sedentarismo, ser solteira e estar desempregada mostraram-se fatores de risco para transtornos psiquiátricos em mulheres de meia-idade. A identificação de mulheres em risco de transtornos psiquiátricos facilitará as medidas de prevenção seletiva. De fato, estima-se que 20% dos diagnósticos de transtorno depressivo maior podem ser prevenidos com intervenção precoce.

Recente estudo mostrou que não apenas fatores sociodemográficos e de estilo de vida são preditivos de transtornos psiquiátricos, mas um simples exame de sangue (metilação do DNA) pode ser usado para identificar mulheres com risco aumentado de transtorno depressivo maior e transtornos de ansiedade.

No estudo, um total de 6.461 mulheres, de 50 a 65 anos de idade, foram acompanhados por tempo médio de 17 anos para determinar as associações entre fatores sociodemográficos, fatores de estilo de vida, metilação do DNA e distúrbios psiquiátricos. A metilação do DNA é um tipo de modificação química que pode ser herdada e subsequentemente removida, sem alterar a sequência original da molécula.

Das 6.461 mulheres participantes do estudo, 2.026 (31%) foram diagnosticadas com transtorno psiquiátrico durante o período de acompanhamento. Foi desenvolvido um modelo que mostrou que tabagismo, consumo de álcool, baixo nível de escolaridade e sedentarismo predisseram transtornos por uso de álcool e drogas.

O aumento da metilação do DNA mostrou ser um fator de risco para transtorno depressivo maior e transtornos de ansiedade.

Fonte: Journal of Psychiatric Research. DOI: 10.1016/j.jpsychires.2022.10.040.

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