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Coloração de muco não indica sempre a presença de bactérias

28 de março de 2011 (Bibliomed). A tosse aguda é uma das razões mais comuns que faz com pessoas a médicos procurem profissionais. Um dos fatores que leva os médicos a prescreverem antibióticos nessa situação é a cor do muco da pessoa (quando presente). O senso comum é que quando a coloração é esverdeada ou amarelada, é sinal de uma infecção bactericida.

Uma pesquisa analisou dados de um estudo observacional de 3.402 adultos que estavam sofrendo de tosse aguda e receberam cuidados médicos. A análise mostrou que o medicamento não foi associado à melhora mais rápida dos sintomas nos participantes que expeliam muco esverdeado ou amarelado. A recuperação da doença também não mostrou ser mais rápida.

Os pacientes que expeliam o muco de coloração mais escura receberam mais antibióticos do que pessoas que tinham muco claro ou que não tinham o sintoma. Esse fato fez com que os pesquisadores concluíssem que ambos os médicos e os pacientes estão superestimando a importância da cor do muco. Isso pode estar levando os clínicos a prescreverem antibióticos desnecessariamente.

Chris Butler, autor da pesquisa, afirma: “Nossas descobertas adicionam peso à mensagem de que a tosse aguda em adultos saudáveis é uma condição limitadora e o tratamento de antibióticos não acelera a recuperação de forma significativa. Na verdade, prescrever antibióticos nessa situação sem necessidade expõe pessoas aos efeitos colaterais de antibióticos, debilita ou auto-cuidado futuro, e aumenta a resistência de antibióticos”.

A pesquisa foi publicada no European Respiratory Journal

Fonte: EurekAlert! 24 de março de 2011

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