Notícias de saúde

Omega-3 pode prevenir doenças relacionadas à obesidade, indica estudo

28 de março de 2011 (Bibliomed). Esquimós consomem 20 vezes mais omega-3 do que pessoas que não vivem na mesma região. Os esquimós têm a mesma propensão à obesidade que outros povos, mas têm uma alimentação tradicional que inclui peixes gordurosos (sardinha, salmão). Essa diferença de dietas permitiu que uma equipe de pesquisadores verificasse se o omega-3 pode interferir na relação entre a obesidade e riscos de doenças.

Para o estudo, os pesquisadores analisaram dados de 330 pessoas que viviam no sudeste do Alaska. 70% desses participantes eram obesos. Eles deram informações quanto à sua dieta, atividades físicas, altura, peso, pressão sanguínea, etc.

Os pesquisadores estavam estudando a presença dos ácidos docosahexaenóico (DHA) e eicosapentaenóico (EPA), encontrados em peixes gordurosos. Os participantes obesos que tinham níveis baixos desses ácidos, o excesso de peso havia causado um aumento no nível de triglicérides no sangue e da proteína C-reativa (PCR), que mede o nível de inflamação do corpo. Altos níveis dessas substâncias aumentam os riscos de a pessoa desenvolver diabetes e doenças cardíacas. Porém, esquimós obesos que consumiam muito omega-3 mostraram níveis de triglicérides e de PCR semelhantes ao de pessoas de peso adequado.
“Enquanto a genética, estilo de vida e fatores de dieta podem ser a razão dessa diferença, é razoável perguntar, baseando-se nas nossas descobertas, se a prevalência mais baixa de diabetes nessa população pode ser atribuída, pelo menos em parte, ao seu alto consumo de peixes ricos em omega-3”, diz Zeina Makhoul, autora principal do estudo.

Makhoul afirma que mais experimentos devem ser feitos para confirmar as capacidades preventivas do omega-3, mas encoraja o seu consumo, lembrando que é preciso tomar cuidado com suplementos: “Existem boas razões para aumentar o consumo de peixes gordurosos, como a bem estabelecida associação do consumo de peixe com riscos reduzidos de doenças cardíacas. Mas nós aprendemos com muitos outros estudos que a suplementação nutricional em doses muito altas é mais prejudicial do que benéfico”.

A pesquisa foi publicada no European Journal of Clinical Nutrition.

Fonte: EurekAlert! 24 de março de 2011

Copyright © 2011 Bibliomed, Inc.

Faça o seu comentário
Comentários