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04 de março de 2011 (Bibliomed). É comum que mulheres sofram de depressão e ansiedade após um aborto espontâneo ou um parto natimorto, mas um novo estudo mostra que o trauma pode durar anos, mesmo após o nascimento de um filho saudável.
Os cientistas desenvolveram a pesquisa pela Universidade de Rochester, nos Estados Unidos. Eles estudaram 13.133 grávidas inglesas que estavam participando de um estudo – o Avon Longitudinal Study of Parents and Children. As mulheres deram informações quanto à gestações anteriores e foram avaliadas quanto a sintomas de depressão e ansiedade – duas vezes durante a gravidez, e quatro vezes após. Desse grupo, 2.823 mulheres (21%) disseram ter sofrido pelo menos um aborto espontâneo e 108 (0,82%) deram à luz a natimortos.
A Dra. Emma Robertson Blackmore liderou o estudo e afirma que 13% das mulheres que tiveram perdas fetais ainda apresentavam sintomas de depressão 33 meses após o fim da gestação. “Nosso estudo mostra claramente que o nascimento de um bebê saudável não resolve os problemas de saúde mental que muitas mulheres vivenciam após um aborto espontâneo ou parto de natimorto. Esse achado é importante porque, quando avaliam se uma mulher tem riscos de (desenvolver) depressão pré ou pós parto, a perda de uma gravidez anterior não é normalmente levada em conta da mesma forma como outros fatores de risco, como histórico familiar de depressão, eventos estressantes em suas vidas ou falta de apoio social”.
O estudo sugere que profissionais da saúde devem rotineiramente questionar a mulher quanto a perdas fetais. Essa atitude é extremamente importante porque assim se torna possível prever riscos de problemas mentais e indica a necessidade de prevenção do desenvolvimento dessas doenças nas mães.
Fonte: EurekAlert! 3 de março de 2011
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