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Autismo e altos níveis de testosterona podem estar associados

24 de fevereiro de 2011 (Bibliomed). O autismo é quatro vezes mais comum em homens e um novo estudo sugere que isso pode acontecer porque o estrogênio e a testosterona tem efeitos diferentes do gene RORA. Enquanto a testosterona diminui a habilidade das células de ativarem o gene, o estrogênio aumenta essa capacidade.

O autismo é uma condição que afeta a capacidade de comunicação e socialização de indivíduos e até hoje sua causa não é conhecida. Esse novo estudo pode ajudar médicos e cientistas a compreender um pouco mais sobre as peculiaridades dessa disfunção.

A professora Valerie Hu, da Universidade George Washington, diz que sua pesquisa mostrou que os tecidos cerebrais de pessoas com autismo tinham níveis mais baixos de RORA. Uma das funções desse gene é proteger neurônios das conseqüências de estresse e inflamações – frequentes em autistas. Acredita-se também que o RORA ajuda a manter o ritmo cardíaco diário do corpo, e pessoas com autismo normalmente têm problemas de sono. Existem experimentos em que ratos geneticamente modificados para não ter o gene apresentam comportamentos tipicamente autistas.

“O autismo tem uma tendência sexual enorme, e já foi proposto que níveis mais altos de testosterona podem colocar o feto em risco. Nós demos uma explicação de como isso funciona”, diz Hu.

Essas informações levam a professora a acreditar que o gene RORA é um dos genes críticos da condição. Os resultados dessa pesquisa estão de acordo com outros estudos, que mostram que altos níveis de testosterona no fluido amniótico estão associados a traços autistas.

Fonte: Live Science 18 de fevereiro

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