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Mulheres fumantes têm mais chances de desenvolver transtorno mental, aponta estudo

11 de fevereiro de 2011 (Bibliomed). O Transtorno Mental Comum (TMC) é causado por uma ruptura do funcionamento normal das funções neurológicas, tendo como sintomas, por exemplo, o esquecimento e a dificuldade de concentração. Novo estudo da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo revelou que mulheres fumantes têm mais chances de desenvolver o transtorno que mulheres não fumantes. O estudo revelou também que mulheres acometidas por TMC são mais propensas a desenvolver o hábito de fumar.

Já nos homens não parece haver nenhuma relação entre TMC e tabagismo. Para a pesquisadora Danuta Medeiros, que estudou o tema em sua pesquisa de mestrado, essa "singularidade de gênero" é um passo importante para melhorar os tratamentos de tabagismo. “Já que temos a constatação dessa diferença, podemos pensar em fazer as campanhas de maneira mais direcionada, clara, e efetiva”, afirma.

Irritabilidade, ansiedade, insônia e dor de cabeça são alguns sintomas do Transtorno Mental Comum. Como são corriqueiros, esses acabam passando despercebidos no dia a dia, o que torna o TCM difícil de ser diagnosticado. Muitas vezes esses sintomas são confundidos com os da abstinência à nicotina, o que dificulta o tratamento.

Envolvendo 3.350 pessoas maiores de 16 anos em São Paulo, o estudo mostrou que a faixa etária e a não prática de atividades físicas são fatores que associam os homens ao tabagismo. Já entre as mulheres o fumo está relacionado ao relaxamento, estando relacionado à depressão ou à ansiedade.

A partir dessas conclusões, a psicóloga levanta a necessidade de se conhecer o perfil psicológico da pessoa que deseja abandonar o hábito de fumar antes de diagnosticá-la e tratá-la. “A presença dos psicólogos é crucial, principalmente no momento da busca por um tratamento e no encaminhamento. Eles podem auxiliar os outros profissionais da saúde no reconhecimento não apenas da causa do tabagismo, como da dificuldade da pessoa em abandonar o fumo”, afirma Danuta Medeiros.

Fonte: Agência USP, 05 de fevereiro de 2011

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