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24 de junho de 2010 (Bibliomed). Um novo método de coleta de células-tronco está revolucionando as pesquisas dermatológicas, segundo especialistas da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Os cientistas descobriram, recentemente, uma forma de transformar células maduras da pele em células-tronco, que podem ser úteis, por exemplo, na regeneração da pele vítima de queimaduras ou outros traumas, sem efeitos colaterais. A partir de um processo chamado desdiferenciação, os especialistas retornam a célula à sua estrutura embrionária, permitindo que, através de uma biopsia simples e indolor, seja possível ter acesso ilimitado às células-mãe sem agressão.
As duas principais terapias celulares baseadas nesse método são voltadas para o desenvolvimento da pele e para a queda de cabelo. Com o processo de desdiferenciação, seria possível cicatrizar totalmente a pele queimada ou reparar doenças genéticas como a epidermólise bolhosa, caracterizada pelo surgimento de bolhas e consequentes feridas quando a pele sofre um trauma mínimo. Segundo os especialistas, o procedimento é bem simples: basta localizar o gene alterado, manipulá-lo através de células-tronco e reimplantá-lo, depois de curado, na pele. A ação é instantânea e sem efeitos colaterais.
Já nos tratamentos contra calvície, o implante de cabelo possibilitaria o transplante das células-tronco presentes no bulbo capilar - um reservatório natural chamado bulge -, permitindo, assim, o nascimento de cabelo onde antes já não mais havia. O método é antigo, mas não se sabia que o sucesso do tratamento se dava graças às células-tronco.
De acordo com o médico Omar Lupi, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, no entanto, esses procedimentos ainda não estão disponíveis comercialmente. “É preciso que algumas questões éticas, técnicas e até mesmo religiosas sejam resolvidas antes de se pensar na comercialização dos tratamentos, mas, num futuro próximo, será possível executar todos eles no consultório”, prevê o especialista.
Fonte: CDN Comunicação. Press release. 23 de junho de 2010.
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