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14 de junho de 2010 (Bibliomed). Os trabalhadores do período da noite têm, significativamente, pior desempenho do que aqueles que atuam durante o dia, principalmente por não dormirem o suficiente, segundo especialistas da Universidade do Estado de Washington, nos Estados Unidos. Em estudo com homens e mulheres americanos, os pesquisadores descobriram que a duração de sono dos trabalhadores seria entre 4,5 horas e 8 horas diariamente, dependendo do período em que trabalham. Eles observaram que a maior duração do sono ocorria entre aqueles cujo turno de trabalho começava entre 9h e 14h, e a menor ocorria entre aqueles que começavam a trabalhar entre 20h e meia noite.
Apresentados, neste mês, no congresso da Associated Professional Sleep Societies, os resultados indicaram, ainda, que aqueles que começam a trabalhar às 9h apresentam o menor nível de fadiga, e o contrário ocorreria com aqueles que iniciavam seu turno às 23h. “Turnos de mesma duração diferem em quão cansativos são, dependendo do período do dia para quando estão agendados”, destacou a pesquisadora Angela Bowen. “Nossa descoberta mais interessante foi que os turnos iniciando entre 20h e meia noite renderam, consistentemente, pior desempenho previsto e total de sono menor do que o adequado em 24 horas”, completou a especialista.
Os pesquisadores destacam que os trabalhos noturnos acabam atrapalhando o descanso por afetar os ciclos cicadianos, “confundindo” nosso chamado relógio biológico. Baseados nos resultados, eles ressaltam que as leis trabalhistas que regulamentam o máximo de horas trabalhadas deve também abordar questões sobre o horário de início dos turnos, buscando melhorar os padrões de sono dos trabalhadores e reduzir o risco de fadiga associada à ocupação.
Fonte: American Academy of Sleep Medicine. Press release. 08 de junho de 2010.
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