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Estudo associa fumo passivo ao desenvolvimento de sinusite crônica

20 de abril de 2010 (Bibliomed). A fumaça do cigarro dos outros pode ser um dos principais culpados pelos casos de rinossinusite - condição marcada por inflamação na cavidade nasal e nos seios da face, envolvendo coceira, coriza, congestão nasal e dores de cabeça -, segundo estudo publicado na edição de abril da revista Archives of Otolaryngology- Head & Neck Surgery.

De acordo com os autores, o problema acomete um em seis americanos adultos, causando grande desconforto, principalmente para aqueles que convivem com um fumante. “Se você tem uma história de rinossinusite crônica, ou se você tem fossas e seios nasais sensíveis e é vulnerável, então, definitivamente e com certeza, você deve evitar o tabagismo passivo”, disse o pesquisador Martin Tammemagi, da Universidade Brock, no Canadá.

Avaliando 306 adultos não-fumantes que desenvolveram a condição e 306 não-fumantes saudáveis, os pesquisadores descobriram que a exposição à fumaça dos outros - especialmente no trabalho e em ocasiões sociais, como festas e encontros - aumenta a propensão a desenvolver a rinossinusite crônica. A partir do estudo, eles estimam que o tabagismo passivo pode estar por trás de 40% dos casos do problema nos Estados Unidos.

As análises mostraram que 9% das pessoas do grupo controle estavam expostos ao tabagismo passivo em casa, contra 13% daqueles que tiveram rinossinusite; a exposição no trabalho era de 7% e 19%, respectivamente; 84% dos voluntários saudáveis e 90% dos pacientes eram expostos à fumaça dos outros em locais públicos; e 28% e 51% dos voluntários, respectivamente, eram expostos ao cigarro em encontros sociais privados.

Considerando status socioeconômico, poluição do ar, exposição a substâncias químicas e outros fatores relevantes, os pesquisadores descobriram que a exposição ao tabagismo passivo no trabalho quase triplicava os riscos de desenvolver rinossinusite crônica, enquanto a exposição nas funções sociais privadas mais que dobrava essa propensão.

“As pessoas têm a impressão de que as agências do governo e de saúde pública estão tentando suprimir a exposição pública ao fumo passivo. Nossos dados indicam que mais da metade da população, 53% do (grupo) controle, tem alguma exposição ao tabagismo passivo e que é surpreendentemente alta. Eu suspeitava ou tinha a esperança de que seria menos que isso”, lamentou Martin Tammemagi, destacando a necessidade de mais esforços para reduzir o impacto do fumo passivo na população.

Fonte: Archives of Otolaryngology - Head & Neck Surgery. Abril de 2010.

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