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Problemas de visão são comuns em crianças que nascem com distúrbios auditivos

16 de março de 2010 (Bibliomed). Crianças nascidas com distúrbios auditivos são de duas a três vezes mais propensas a desenvolver problemas de visão, comparados às crianças em geral, segundo estudo publicado na edição de março da revista Archives of Otolaryngology and Head and Neck Surgery. Baseados nessas descobertas, os especialistas recomendam que as crianças com problemas auditivos sejam submetidas a exames de vista abrangentes.

Segundo os autores, três a cada mil crianças nascem com perda auditiva, enquanto de 2% a 11% têm problemas de visão. E é crucial para o desenvolvimento da criança que os problemas de visão e audição sejam detectados e tratados o mais precocemente possível, daí a importância dos testes de triagem neonatal. "Crianças com perda de audição e perda de visão podem encontrar barreiras consideráveis para a comunicação e interação, limitando o início do desenvolvimento infantil", destacaram os autores.

Avaliando 77 crianças nascidas com problemas auditivos e que passaram por exames de vista, assim como pela triagem para doenças genéticas que podem levar a problemas de visão e audição, os pesquisadores observaram algum tipo de problema nas vistas de quase um terço dos participantes. Quando os autores excluíram as crianças com síndromes genéticas relacionadas à visão e à audição das análises, observaram que essa taxa era reduzida para cerca de um quarto. Mas mais da metade daqueles com problemas genéticos apresentavam distúrbios de visão e de audição.

Os problemas de visão mais comuns entre as crianças são os desvios do olho, seguidos por distúrbios de refração, como miopia e hipermetropia. Todos esses problemas de visão são corrigidos com óculos ou cirurgia, enquanto os distúrbios auditivos são tratados com aparelhos auditivos ou implantes cocleares. Mas, segundo os especialistas, os casos de problemas visuais podem estar subdiagnosticados. "Crianças com perda auditiva merecem um exame completo dos olhos", concluíram.

Fonte: Archives of Otolaryngology and Head and Neck Surgery. Março de 2010.

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