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Gota aumenta significativamente os riscos de infarto entre as mulheres, diz estudo

10 de fevereiro de 2010 (Bibliomed). Mulheres com gota - condição caracterizada por alterações nos níveis de ácido úrico no sangue e inflamação dolorosa das articulações - têm mais chances de sofrer um ataque cardíaco do que aquelas sem o problema e do que homens que apresentam esta condição, segundo estudo recentemente publicado na revista científica Annals of the Rheumatic Diseases. De acordo com os especialistas, a gota acomete cerca de 6% das mulheres idosas e 9% dos homens idosos, e a inflamação que ela gera nas articulações pode também afetar a saúde cardiovascular.

Comparando as taxas de infarto de 9,6 mil canadenses idosos com gota com as de 48 mil adultos saudáveis da mesma faixa etária, os pesquisadores notaram que as mulheres com gota eram 39% mais propensas a ter um ataque cardíaco do que as mulheres sem a doença. Em comparação, os homens com a condição eram 11% mais propensos a um infarto do que os homens saudáveis. Assim, segundo os autores, mesmo que o risco de infarto entre os homens, de forma geral, seja maior do que o das mulheres, elas os superam quando o assunto é o acúmulo de ácido úrico.

Em sete anos de acompanhamento, os especialistas registraram 3.268 infartos, sendo 996 entre as mulheres. E, de acordo com os autores, os maiores riscos apresentados pelas mulheres com gota - incluindo 44% mais chances de ter um infarto não-fatal – permaneceram após análises considerando outros problemas associados ao risco cardíaco, como pressão alta e diabetes, além do uso de medicamentos prescritos.

Fonte: Annals of the Rheumatic Diseases. 08 de fevereiro de 2010.

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