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Acupuntura na orelha pode amenizar dores em gestantes, aponta estudo

19 de outubro de 2009 (Bibliomed). Uma técnica especial de acupuntura – tradicional terapia chinesa com agulhas – pode ajudar a aliviar as dores lombares e pélvicas em grávidas, segundo estudo da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. Em estudo com 159 mulheres que estavam ente a 25ª e a 38ª semana de gestação, os pesquisadores notaram que aquelas que passaram uma semana com agulhas de pressão presas, por fita adesiva, em três pontos de acupuntura na orelha eram mais propensas a apresentar significativas reduções nas dores nas costas e na região pélvica do que aquelas que receberam "falsa acupuntura".

De acordo com os especialistas, as gestantes geralmente sofrem dores lombares e pélvicas, que podem evoluir para dor crônica posteriormente. E "a acupuntura na orelha poderia oferecer uma forma não-farmacológica para ajudar a aliviar as dores nessas mulheres", sem muitos gastos. Porém, apesar dos bons resultados da técnica, eles destacam a importância do descanso, dos analgésicos e de compressas quentes e frias para o controle da dor.

Os resultados indicaram uma redução de pelo menos 30% na dor em 81% das mulheres do grupo que realizou acupuntura, em 59% daquelas que fizeram a "falsa acupuntura" (em pontos não-terapêuticos), e em 47% das mulheres do grupo controle. Além disso, 37% das gestantes do primeiro grupo se viram livres das dores em apenas uma semana, contra 22% do grupo da "falsa acupuntura" e 9% daquelas que não participaram das intervenções. Mas os resultados não seriam duradouros para algumas mulheres – uma semana após o fim do tratamento, apenas 68% daquelas que fizeram acupuntura mantinham a redução de pelo menos 30% na dor.

Os pesquisadores pretendem, agora, avaliar se um tratamento mais extenso com a acupuntura pode ter efeitos mais duradouros, e determinar as características das mulheres que respondem melhor à terapia. Eles destacam, ainda, a necessidade de estudos maiores para investigar essas questões e para analisar se o tratamento tem algum efeito nos resultados da gravidez.

Fonte: American Journal of Obstetrics & Gynecology. Setembro de 2009.

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