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Obesidade e artrite podem explicar maior incapacidade das mulheres na velhice

05 de maio de 2009 (Bibliomed). A obesidade e a artrite com raízes no princípio da idade adulta e na meia-idade contribuem significativamente para uma pior qualidade de vida das mulheres durante a velhice, segundo pesquisa da Universidade de Duke, nos Estados Unidos. De acordo com os autores, apesar de a mulher viver mais do que o homem, ela enfrenta maior risco de incapacidade, e “muito do excesso de debilidade é atribuída às altas taxas de obesidade e artrite”.

Em pesquisa com quase seis mil pessoas com mais de 65 anos, os pesquisadores notaram que as mulheres sofriam mais de 2,5 vezes mais incapacidade do que os homens da mesma idade. E as maiores taxas de obesidade e artrite entre elas explicariam 48% da diferença de sexo na ocorrência de incapacidade.

“Isso é importante porque sugere que a tendência da mulher de carregar peso extra em idade reprodutiva e nos anos de perimenopausa se traduz em perda de independência na velhice”, destacou a pesquisadora Heather Whitson, no encontro anual da Sociedade Americana de Geriatria.

Segundo os pesquisadores, as mulheres têm uma tendência natural a ganhar mais peso do que o homem, mas pode ser mais motivada a manter um peso saudável se souber que os quilinhos a mais podem significar incapacidade na velhice, incluindo uma maior necessidade de ser cuidada por um enfermeiro.

O estudo mostrou também que, além da obesidade e da artrite – que são mais comuns entre as mulheres, aumentando seu risco de debilidade na velhice – doença cardiovascular, derrame e enfisema estão ficando cada vez mais comuns entre as mulheres. E, com as mulheres se aproximando dos homens em relação a essas doenças, a diferença nas taxas de debilidade tende a ficar ainda maior.

O próximo passo seria avaliar se o tratamento da obesidade e da artrite poderia reduzir os riscos de incapacidade entre as mulheres idosas. Se o resultado for negativo, segundo os especialistas, será importante intensificar a prevenção a essas condições em populações mais jovens.

Fonte: EurekAlert. Public release. 02 de maio de 2009.

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