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Artrite reumatóide pode ser pior para as mulheres, indica estudo

20 de janeiro de 2009 (Bibliomed). As mulheres parecem sofrer mais do que os homens com a artrite reumatóide, doença inflamatória nas articulações, segundo estudo publicado na revista médica Arthritis Research and Therapy. “Geralmente mulheres relatam sintomas mais severos, maior incapacidade e frequentemente têm maiores taxas de incapacidade no trabalho do que os homens”, disse a pesquisadora Tuulikki Sokka, do Jyvaskyla Central Hospital, na Finlândia.

No estudo, os pesquisadores avaliaram dados de mais de 6 mil pacientes com artrite reumatóide de 70 lugares diferentes em 25 países, explorando as possíveis associações entre gênero e a doença inflamatória crônica, seu tratamento, sua atividade e características clínicas. “A possível influência do gênero e das variáveis relacionadas ao gênero nos sintomas, severidade e prognóstico da artrite reumatóide tem sido de considerável interesse”.

Os resultados das análises demográficas indicaram que 79% das pessoas com artrite eram mulheres, mais de 90% eram brancas e a idade média era de 57 anos. Avaliando exames médicos e auto-relatos dos pacientes, os pesquisadores observaram que as mulheres apresentavam maiores escores – indicando pior condição – do que os homens em todos os fatores analisados.

“Diferenças óbvias entre os gêneros existem na prevalência, idade de início e nível de produção de auto-anticorpos prejudiciais da artrite. Além disso, mulheres relatam mais sintomas e piores escores na maioria dos questionários, incluindo escores para dor, depressão e outros itens ligados à saúde”, explicou a especialista.

Os autores acreditam as diferenças musculoesqueléticas entre homens e mulheres podem explicar melhor o maior sofrimento delas do que diferenças na atividade da doença propriamente dita. Segundo eles, o fato de a mulher ser mais frágil em relação ao tamanho e à força musculoesquelética pode fazer com que a doença pareça mais penosa para elas.

Fonte: BioMed Central. 12 de janeiro de 2009.

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