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06 de abril de 2009 (Bibliomed). Em pessoas com doença renal crônica, diferentes níveis de tratamento para a anemia podem ter efeitos benéficos para o coração e melhorar sua qualidade de vida, segundo estudos publicados na edição de abril do Clinical Journal of the American Society Nephrology.
De acordo com os especialistas, pacientes com doença renal frequentemente apresentam baixos níveis de eritropoietina – hormônio que estimula a formação de glóbulos vermelhos – e desenvolvem anemia. E a anemia pode causar alargamento do coração, aumentando a propensão à insuficiência cardíaca e à morte. A prescrição de eritropoietina sintética é comum e pode corrigir os níveis de hemoglobina, mas apresenta efeitos adversos.
Em dois estudos da Memorial University of Newfoundland, no Canadá, os pesquisadores examinaram os efeitos de diferentes níveis de tratamento para anemia na estrutura cardíaca e na qualidade de vida em pacientes com doença renal crônica.
No primeiro, avaliando 15 estudos envolvendo mais de 1,7 mil pacientes com doença renal, os pesquisadores observaram que a correção parcial da anemia grave com eritropoietina melhorava a estrutura do coração, mas a correção completa não oferecia benefícios adicionais.
Os resultados do segundo, que avaliou 596 pacientes em diálise, indicaram que os pacientes tinham menos fadiga quando tratados com a eritropoietina para alcançar os níveis normais de hemoglobina, comparados àqueles tratados para alcançar apenas correção parcial da anemia.
Os pesquisadores destacam que a terapia oferece benefícios, mas o excesso (>13 g/dl), buscando alcançar os níveis normais de hemoglobina, pode não melhorar a estrutura do coração e ainda causar problemas para os pacientes. E um estudo clínico, incluindo quatro mil diabéticos com doença renal, poderá brevemente confirmar os benefícios e riscos desse tratamento.
Fonte: Clinical Journal of the American Society Nephrology. Abril de 2009.
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