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Cientistas holandeses descobrem novo alvo para terapias antialzheimer

03 de abril de 2009 (Bibliomed). Um estudo da Universidade VU e da Universidade de Amsterdam, na Holanda, descobriu que um processo do organismo chamado “via de resposta a proteínas mal-dobradas” contribui para a morte de neurônios na doença de Alzheimer. Segundo os cientistas, a descoberta ajudará no desenvolvimento de novas terapias para essa doença degenerativa incurável. 

A doença de Alzheimer é o tipo mais comum de demência, e pode ser causada, em parte, por um emaranhado de proteínas mal-dobradas. De acordo com os especialistas, as respostas do organismo a essas proteínas protegem as células dos efeitos tóxicos desse acúmulo no cérebro; porém, a ativação prolongada dessas respostas, como acontece na doença de Alzheimer, podem levar à morte das células.

Por causa desses efeitos, os pesquisadores já acreditavam que a resposta às proteínas mal-dobradas contribuiria para a neurodegeneração causada pela doença através de seus efeitos no acúmulo da proteína tau, principal componente das placas no cérebro que causam a doença. E descobriram que os marcadores dessa resposta eram expressos na área de acúmulo da tau.

Os resultados de testes em laboratório mostraram que os indicadores da resposta eram expressos precocemente, nos pré-emaranhados de neurônio, mas estavam em falta nos emaranhados propriamente ditos. Isso sugere que “a ativação da resposta a proteínas mal-dobradas ocorre em estágio inicial, de degeneração neurofibrilar e que a ativação está envolvida na fosforilação da tau e na neurodegeneração” da doença de Alzheimer.

Com os resultados, os pesquisadores esperam criar novas oportunidades terapêuticas para o tratamento da doença de Alzheimer e outras doenças associadas à proteína tau.

Fonte: American Journal of Pathology. 05 de março de 2009.

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