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Estatinas podem prevenir distúrbio vascular potencialmente fatal, diz estudo

04 de janeiro de 2009 (Bibliomed). Um estudo recente da Universidadade de Utah, nos Estados Unidos, indica que as estatinas – drogas largamente utilizadas para o controle do colesterol – podem tratar um distúrbio vascular que pode levar a imprevisíveis, e algumas vezes fatais, derrames hemorrágicos, convulsões e paralisias.

Se os resultados dos testes com ratos forem confirmados clinicamente, esses medicamentos podem oferecer um tratamento acessível para malformação cavernosa cerebral (MCC), um distúrbio que ainda não possui tratamento medicamentoso.

A MCC é um distúrbio no qual os vasos sanguíneos no cérebro se tornam dilatados e enfraquecidos, e “vaza” sangue, causando derrames, convulsões, dores de cabeça e outros problemas. Muitas vezes, seu diagnóstico é problemático, ocorrendo quando o paciente já apresenta algum sinal grave.

Em ratos com duas mutações distintas do gene Ccm2, que os deixavam vulneráveis à malformação, os pesquisadores observaram um aumento da enzima Rho, que regula a formação do revestimento dos vasos. Porém, o aumento excessivo da atividade da enzima poderia levar a defeitos associados ao distúrbio vascular. Inibindo a ação da enzima Rho com a administração de estatinas, eles notaram um fortalecimento dos vasos sanguíneos danificados.

“O tratamento com cirurgia cerebral ou radiação tem sido as únicas opções para pacientes com MCC. Mas por causa do risco dessas operações, neurocirurgiões são relutantes em realizá-las a menos que o paciente esteja sob perigo imediato”, explicou o cardiologista Dean Y. Li, líder do estudo. “Nosso estudo propõe uma estratégia potencial para uma simples terapia farmacológica que custaria apenas poucos dólares por mês em uma farmácia”.

Porém, antes disso, os resultados precisam ser confirmados em humanos. E, para isso, os pesquisadores estão recrutando entre 50 e 100 pessoas diagnosticadas com a doença para um teste piloto com uso das estatinas.

Fonte: University of Utah Health Sciences. 26 de janeiro de 2009.

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