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02 de dezembro de 2008 (Bibliomed). Uma equipe de cientistas europeus está realizando nova pesquisa para desenvolver um tratamento para as alergias alimentares, que “afeta aproximadamente dez milhões de cidadãos da União Européia e não existe cura”.
A alergia alimentar é definida como uma reação imunológica anormal a proteínas alimentares, que causa reação clínica adversa. E, segundo pesquisas recentes cerca de 90% dessas alergias são causadas por apenas oito alimentos – leite de vaca, ovos de galinha, soja, amendoim, nozes, trigo, peixes e mariscos.
“Tudo que uma pessoa com alergia alimentar pode fazer é evitar os alimentos os quais elas são alérgicas”, disse o especialista Clare Mills, do Institute of Food Research, no Reino Unido, que participa do projeto. Além disso, uma tentativa de tratamento com imunoterapia específica para o alérgeno, em que o paciente recebe injeções mensais com um extrato da substância causadora da alergia, pode provocar a reação alérgica grave chamada anafilase (choque anafilático).
No projeto de pesquisa Food Allergy Specific Therapy (Terapia Específica para Alergia Alimentar, em tradução livre), os cientistas usarão variantes das proteínas alérgicas que são modificadas para serem hipoalergênicas, ou seja, não causadoras de alergias, e, por isso, seguras. Essas proteínas serão purificadas para que fiquem mais eficazes e para facilitar o controle da dose.
“Nós esperamos por uma cura que permitirá que as pessoas comam peixes ou frutas novamente”, destacaram os autores. “Mas uma significativa redução da sensibilidade já seria um enorme passo a frente”, completou o cientista Ronald van Ree, da Universidade de Amsterdam, na Holanda. Além disso, eles acreditam que as descobertas iram reduzir a ansiedade desses pacientes, condição que tem um impacto negativo em sua qualidade de vida.
Fonte: EurekAlert. Public release. 30 de novembro de 2008.
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