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24 de outubro de 2024 (Bibliomed). Pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, identificaram uma nova terapia em potencial para alergias alimentares utilizando inulina, uma fibra vegetal naturalmente presente em alimentos e suplementos. A inulina, comum em refrigerantes como prebiótico e substituta de adoçantes, mostrou-se eficaz em um estudo com camundongos, publicado na revista Nature Materials.
O estudo revelou que a imunoterapia oral baseada em gel de inulina pode impedir reações alérgicas severas ao interagir com bactérias intestinais. Os testes demonstraram que o gel preveniu reações a alérgenos comuns, como amendoim, clara de ovo e leite, mesmo após a cessação do tratamento.
A pesquisa propõe que a inulina trata a causa raiz das alergias alimentares, ao contrário dos tratamentos que apenas controlam os sintomas. Segundo os pesquisadores, a inulina, reconhecida como segura pela FDA, possui um perfil de segurança favorável e potencial para produção em larga escala.
A pesquisa envolveu uma equipe internacional de cientistas das áreas de farmacêutica, engenharia biomédica e química, medicina interna, entre outras especialidades. Eles observaram que o gel de inulina, formulado com um alérgeno específico, normalizou a microbiota e os metabólitos intestinais desequilibrados em camundongos alérgicos, estabelecendo uma tolerância oral específica ao alérgeno e suprimindo reações alérgicas.
Enquanto mais pesquisas e ensaios clínicos são necessários, os resultados abrem novas possibilidades terapêuticas para milhões de pessoas que sofrem de alergias alimentares. Segundo o CDC, um em cada 3 adultos e mais de uma em cada 4 crianças são afetados por essa condição, que pode ser fatal.
Fonte: Nature Materials. DOI: 10.1038/s41563-024-01909-w.
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