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24 de setembro de 2008 (Bibliomed). Um estudo realizado, este ano, no Estado de São Paulo indicou que as pessoas da capital apontam o estresse em segundo lugar como fator de risco para o coração, enquanto, em algumas cidades do interior, ele cai para a quinta colocação na indicação espontânea. Os dados da pesquisa da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) e do Instituto Datafolha foram apresentados ontem, em ocasião ao Dia de Combate ao Estresse em SP.
Com a participação de 2.096 pessoas com idades entre 14 e 70 anos, em 85 cidades do estado, a pesquisa revelou que, na capital, depois do fumo com 32% das indicações, o estresse é considerado principal fator de risco cardiovascular (22% das indicações), seguido da pressão alta (18%), alcoolismo (17%), sedentarismo (16%) e colesterol (15%).
Em algumas cidades do interior, o estresse apareceu apenas em quinto lugar. Mas, de forma geral, no interior, ele ficou classificado em terceiro lugar com 17%, junto com pressão alta e o alcoolismo, e perdendo para o fumo e o sedentarismo.
Para o presidente da Socesp, Ari Timerman, o trânsito da cidade de São Paulo pode ter sido determinante para o resultado, já que o estresse foi menos citado no interior. “O problema precisa ser combatido já que esse fator eleva em até 60% o risco de um infarto, segundo estudos internacionais, e não é por acaso que o tema é destaque no debate da eleição municipal”, explicou.
O coordenador da pesquisa, Álvaro Avezum, destaca que o estresse agudo (de começo rápido) e crônico (de longa duração) pode elevar a pressão arterial e os níveis de colesterol, além de estimular o vício de fumar e excessos alimentares. “A prática de relaxamento e de atividades físicas, como válvula de escape, e de mudanças de hábitos, como evitar o trânsito, fazendo uma academia próxima ao escritório e saindo mais tarde, podem fazer a diferença”.
O Interheart, maior e mais importante estudo cardiológico, demonstrou que, na América Latina, 33% dos casos de infartos poderiam ser evitados por meio do gerenciamento e prevenção do estresse no trabalho, na sociedade e na família. Só no Brasil, são 100 mil infartos por ano.
Fonte: DOC PRESS Comunicação. News release. 17 de setembro de 2008.
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