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Maioria dos pacientes com câncer procura terapias complementares

07 de agosto de 2008 (Bibliomed). Mais de 60% dos pacientes com câncer recorrem a “terapias complementares”, como oração, relaxamento, meditação e massagem, segundo pesquisa da Sociedade Americana do Câncer. E o estudo, baseado de outras pesquisas pequenas, mostrou que a escolha da alternativa depende de sexo, raça, idade, escolaridade, tipo de câncer e velocidade de propagação dos tumores.

Avaliando dados de mais de 4 mil pessoas com câncer, entrevistadas de 10 a 24 meses após o diagnóstico, os pesquisadores descobriram que o uso dessas terapias alternativas é muito comum.

“Por essa razão, é importante determinar qual é útil, não apenas para reduzir os tumores e estender a sobrevivência, mas também para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida”, explicou o médico Ted Gansler, um dos autores do estudo.

Os resultados indicaram que 61,4% dos participantes usavam a oração; 44,3%, técnicas de relaxamento; 42,4% utilizavam de cura espiritual ou pela fé; 40,1% consumiam suplementos nutricionais ou vitaminas; 15% faziam meditação; 11,3%, aconselhamento religioso; 11,2%, massagem; e 9,6% participavam de grupos de apoio. Outros métodos, como hipnose e acupuntura, foram menos comuns – 0,4% e 1,2%, respectivamente.

Todas as terapias alternativas eram mais populares entre as mulheres do que entre os homens. Métodos como aromaterapia, grupos de apoio, hipnose, meditação e relaxamento eram procurados por 59% das mulheres e 43% dos homens. E a diferença era ainda maior em relação a ioga e tai chi (10,1% das mulheres e 1,9% dos homens) e em se tratando de massagem (16,6% e 3,9%).

A pesquisa mostrou que esses métodos são mais populares entre os mais jovens, os mais escolarizados, os mais abastados, nos casos de câncer mais avançado, e entre os sobreviventes de câncer de mama e ovário.

Os especialistas destacaram que ainda não estão claros os benefícios reais dessas terapias. “Estudos científicos de métodos complementares estão se tornando muito mais comuns nos últimos anos, mas ainda há muitas incertezas sobre a eficácia de muitos métodos complementares”.

Fonte: HealthDay News. 04 de agosto de 2008.

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