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Meninas estão sofrendo cada vez mais de estresse e ansiedade

15 de julho de 2008 (Bibliomed). Cada vez mais garotas de apenas 10 anos sofrem de estresse, ansiedade e infelicidade, segundo pesquisa das instituições britânicas Girlguiding UK e Mental Health Foundation publicada nesta semana. De acordo com os autores, os principais vilões do bem-estar dessas meninas são a sexualização prematura e o materialismo.

"Meninas e mulheres jovens estão sendo forçadas a crescer em um ritmo anormal em uma sociedade que nós, como adultos, temos criado, e isso danifica seu bem-estar emocional", explicou o Dr. Andrew McCulloch, chefe executivo da Mental Health Foundation.

Usando uma pesquisa on-line de 350 meninas com idades entre 10 e 15 anos, e realizando oito diferentes grupos focais com 54 garotas, os pesquisadores descobriram que quase dois terços delas sentiam tristeza algumas vezes, e metade sentiam dificuldade em lidar com esse sentimento. Além disso, um sexto das participantes admitiram sentir raiva frequentemente.

Em relação à saúde mental, metade disseram conhecer alguém que tinha sofrido depressão, 40% sabia de alguém que apresentava comportamento auto-destrutivo, um terço tinha um amigo que sofria de distúrbio alimentar e 40% conhecia alguém que teve ataques de pânico.

Para Liz Burnley, chefe do Girlguiding UK, "as jovens de hoje enfrentam uma nova geração de pressões que levam muitas a sofrer estresse, ansiedade e infelicidade". E a pesquisa indicou que, entre essas pressões, há aquela de ter bens materiais como roupas, iPods e telefones celulares, que fazem uma em cinco meninas se sentir com raiva ou triste.

Os resultados também indicaram que duas em cinco garotas se sentem mal com sua aparência após ver imagens de modelos, estrelas pop e atrizes. E outros fatores que afetam sua saúde mental são intimidações, exames escolares e conflitos familiares.

"Todos nós que nos importamos com as jovens temos uma parcela a cumprir em ajudá-las a encontrar uma solução para essas demandas conflituosas, para construir a confiança de que precisam para ser elas mesmas", concluiu Burnley.

Fonte: Mental Health Foundation. News release. 14 de julho de 2008.

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