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Governador Mexicano Veta Lei Que Proíbe o Aborto

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O governador do Estado de Vicente Fox, presidente eleito do México, vetou na terça-feira uma lei antiaborto que provocou temores de que a ultradireita poderia tentar impor sua ética católica na próxima administração.

Um porta-voz disse que o governador do Estado de Guanajuato, Ramón Martin, vetou a lei que previa penas de prisão para mulheres vítimas de estupro abortassem. A decisão foi tomada em função de uma pesquisa de opinião que mostrou resultados contrários à medida.

"O governador decidiu mandar a reforma de volta ao Congresso estadual para análise", disse o porta-voz.

A lei de Guanajuato foi aprovada em agosto e provocou intenso debate no México, país extremamente católico.

A legislação federal mexicana permite o aborto em casos de estupro, problemas graves de saúde e potenciais defeitos de nascença. Mas o governo não conseguiu aprovar as leis nos Estados.

O veto em Guanajuato também aumentou o temor de que a legenda de Fox, o Partido da Ação Nacional - visto como muito próximo da Igreja Católica - pudesse aumentar a influência religiosa na vida nacional. A separação entre a Igreja e o Estado aconteceu no México em 1920, e provocou uma guerra sangrenta.

O debate aumentara em 1997, quando a administração da Cidade do México, em mãos do esquerdista Partido da Revolução Democrática (PDR), aprovou uma lei que facilitava a prática do aborto em circunstâncias especiais.

Fox foi eleito o primeiro presidente de oposição no México em 71 anos. Ele derrotou o Partido Revolucionário Institucional (PRI) nas eleições de 2 de julho. Ex-governador de Guanajuato, Fox tomará posse no dia 1o. de dezembro.

Sinopse preparada por Reuters Health

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