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Cigarro pode prejudicar o sono do bebê

01 de setembro de 2007 (Bibliomed). A associação entre fumar e a gravidez é um fato bem conhecido e de conseqüências ruins para o bebê e para sua mãe. Muitos estudos sugerem que há um risco maior das crianças, filhas de mães tabagistas, apresentarem um pior crescimento durante a gestação, além de haver uma chance aumentada de rompimento prematuro da bolsa das águas, assim como deslocamento de placenta. Nota-se, inclusive que essas crianças estão predispostas a sofrerem problemas respiratórios e alérgicos durante a vida.

Interessados sobre as conseqüências do fumo sobre a amamentação e o sono do bebê, a pesquisadora Julie A. Mennella e outros investigadores, do Monell Chemical Senses Center, na Filadélfia, Estados Unidos, desenvolveram um estudo publicado em setembro deste ano, pela revista Pediatrics.

Quinze mães e seus filhos foram avaliados em dois dias diferentes, em uma semana. Os investigadores avaliaram os níveis de nicotina presente no leite materno dessas mulheres e a relação entre esses níveis e o tempo de sono de seus filhos. Essas mães foram orientadas a fumar em apenas um dos dois dias do teste, na ausência de seus filhos, de forma a se comparar os impactos do fumo sobre a amamentação e o sono dos bebês.

Nenhuma diferença significativa, quanto ao leite materno das mães tabagistas, foi encontrada. Entretanto, observou-se uma redução importante no período de sono das crianças que amamentaram após suas mães terem fumado. Quanto mais cigarros essas mulheres tivessem fumado, maior era a quantidade de nicotina passada através do leite para os bebês e menor o período de sono dessas crianças.

A pesquisa, embora ainda inicial, demonstra que o tabagismo interfere negativamente sobre a criança, não somente durante a gravidez, mas também durante seu sono e, possivelmente no decorrer de sua vida.

Fonte: Pediatrics; 120 (3): 497 – 502 (September 2007)

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