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Excitação sexual persistente em mulheres: distúrbio ou um sintoma normal?

02 de julho de 2007 (Bibliomed). Os distúrbios sexuais muitas vezes são pouco explorados pelo médico. Na maioria dos casos, isso se deve a uma certa inibição, tanto do profissional quanto do próprio paciente, frente a essas queixas. No entanto, inúmeras desordens existem, tanto entre homens quanto entre mulheres e necessitam ser abordadas e orientadas da forma adequada.

O Journal of Sexual Medicine, de maio deste ano, publicou um artigo sobre a desordem da excitação sexual persistente em mulheres. O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade do Tennessee, EUA, e outros colaboradores, com o intuito de determinar a prevalência de mulheres que apresentam excitação sexual independentemente de estímulos e identificar aquelas que preenchem os critérios da desordem da excitação sexual persistente.

A desordem da excitação sexual persistente, considerada anteriormente como síndrome da excitação sexual persistente, é um distúrbio extremamente estressante e sério. Estudos sugerem que uma parcela das mulheres enfrenta os sintomas da excitação sexual, não apenas como parte de sua vida amorosa, mas como um fato persistente do dia-a-dia.

A pesquisa foi feita via internet, através de um questionário anônimo. Uma grande parcela das mulheres, que preencheram os critérios da desordem, demonstrou ter sentimentos negativos quanto aos seus sintomas, além de baixo desejo e pouca satisfação sexual, assim como dor durante a relação. Um fato intrigante, observado pelos pesquisadores, foi a proporção de mulheres que apresentaram queixa de sintomas de excitação sexual persistente, mas não preencheram os critérios da desordem. Possivelmente, esse fato está associado a outras causas, necessitando de maiores investigações.

Fonte: The Journal of Sexual Medicine; 4 (3): 680 – 689 (10) (May 2007)

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